Junta de Freguesia de São João da Corveira Junta de Freguesia de São João da Corveira

História

A antiga freguesia de S. João Baptista da Corveira era vigairaria e comenda da Ordem de Malta, no termo de Chaves, gozando de todos os privilégios concedidos a esta Ordem. Pertenceu depois ao concelho de Carrazedo de Montenegro, extinto pelo Decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando a pertencer ao de Valpaços.
Sendo certo que esta povoação deverá ser muito antiga, a documentação eclesiástica do séc. XII pode, efectivamente, atestá-lo.
Com efeito, nos meados do dito séc. XII, vários indivíduos incursos em excomunhão por terem assassinado um outro que se havia refugiado na Igreja de S. Salvador de Nozedo, fizeram doações notáveis ao arcebispo de Braga, D. João Peculiar, por remissão do crime.
Uma dessas doações à sé Bracarense abrange bens “in Montenigro” e “in Rivulo Torto”. Interessante registar que este facto tem sido oralmente transmitido de geração para geração, ainda hoje sendo evocado pelos naturais de Nozedo.
A primitiva Igreja deverá ter sido reconstruída pelo séc. XVII. O pároco era vigário confirmado, de apresentação do reitor da vizinha freguesia de Santa Leocádia do Monte. Desde o fim do séc. XVIII encontra-se anexada à dita freguesia de Santa Leocádia, só passando a anexa de S. João de Corveira nos meados do séc. XIX, e portanto, ao concelho de Carrazedo de Montenegro conjuntamente com aquela, até à extinção deste, em 1853, tendo passado depois as duas para o concelho de Valpaços.
De referir ainda que se trata de uma freguesia onde se costuma realizar umas das mais antigas feiras do norte de Portugal, entretanto recuperada pela Junta de Freguesia e pelo Município de Valpaços – a feira de S. Brás – também conhecida pela Feira do Fumeiro. De carácter anual, dela existem registos bastantes antigos. É um evento onde se transaccionam estas iguarias sobejamente apreciadas, tais como: presuntos, pés de porco, orelheiras, chouriços, salpicões, alheiras e linguiças… com muito vinho e pão centeio à mistura!
Outro aspecto peculiar desta freguesia traduz-se na circunstância de existirem pequenos pântanos onde se pode colher sumaúma, com o que se enchiam travesseiros e almofadas.

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